terça-feira, 8 de maio de 2012

Vale a pena investir no ensino a distância

Interessados precisam pesquisar credibilidade do curso, assim como é feito no presencial.

Fazer uma graduação (quase) sem sair de casa já é possível. Com a consolidação da política de Educação a Distância (EAD), muitos alunos têm a chance de obter diploma em um curso superior. Eles assistem às aulas no conforto do lar e contam com o máximo de flexibilização de horário.

Na Faculdade Estácio, no Recife, o número de alunos de Educação a Distância tem crescido exponencialmente nos últimos anos. “Principalmente na graduação tecnológica, que oferece a formação de curta duração, de dois anos, a busca tem sido muito alta”, explica a professora Fernanda Bittencourt, diretora da Educação a Distancia da instituição, que credita essa busca à necessidade de adquirir qualificação rápida. Segundo ela, o perfil de quem que procura esta modalidade de ensino é especialmente formado por pessoas que já têm experiência de mercado.

Não é aquele aluno que acabou o colégio e que está fazendo vestibular pela primeira vez. É um que já começou outros cursos que eram presenciais e abandonou pelo próprio horário e a rotina de trabalho”.

Fernanda explica que, na EAD, o estudante tem à sua disposição a interface na internet, por onde recebe as aulas e pode acessar vários livros na biblioteca virtual. “Se ele quiser vir à faculdade, também há um espaço para recebê-lo, mas isso não é obrigatório. Mesmo as provas, que são feitas na Estácio, ele pode marcar melhor dia e hora”, explica.

Messias Oliveira, gestor de Recursos Humanos, viu na flexibilidade de horários proporcionada pela EAD a chance de cursar sua primeira graduação. “Eu não podia ficar das 6h às 10h em uma sala de aula. Com a EAD, ficou mais fácil”, detalhou. O preço da graduação também foi um diferencial. De acordo com Oliveira, a graduação a distância era o que mais se adequava, à época, em suas condições financeiras. Mesmo realizado com a escolha profissional, o gestor acredita que ainda há preconceito da sociedade com esta modalidade. “Existe (preconceito), mas é preciso entender que há faculdades boas, outras não. Há cursos bons, outros não. Depende do profissional mostrar competência no mercado e desfazer essa ideia”, sentenciou. 

A professora Luz Santos optou pela EAD em sua segunda graduação. Como já dava aulas (ela é professora efetiva da Universidade Federal da Paraíba), tinha uma agenda muito apertada. Luz ficou em dúvida entre a EAD e a faculdade com aulas aos sábados. “Fiz as investigações pertinentes. Fui saber de regulamento, corpo docente, acompanhamento do aluno e acabei optando pela EAD”, detalhou. Para Luz Santos, a graduação está sendo uma boa experiência, mas reconhece que o aluno que já passou por uma graduação presencial sente bastante diferença. “É imprescindível ter dedicação. Tem que ser organizado, afinal não tem professor todos os dias cobrando atividades. A responsabilidade é do aluno, tem que ter muito afinco”, reforça. 

De acordo com a professora Cristina Teixeira, que faz parte da coordenação de EAD da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a instituição já tem vários projetos nesta modalidade, com financiamento do MEC. “Há vários projetos que passam pela coordenação de educação à distância e há outros que são tocados pelos grupos de pesquisa espalhados pelos vários centros”, explica. A professora conta que a procura pelos cursos de EAD é bem alta, por conta da necessidade de qualificação, mas aponta deficiências. “Há uma evasão grande, o que ainda é um problema”, relata.

Cristina Teixeira reforça, ainda, que a EAD é capaz de promover a democratização com a possibilidade de chegar ao Interior. “Principalmente em relação a formação de professores (na UFPE), a EAD consegue chegar a municípios muito distantes”, relata.

FONTE: http://www.sintepe.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2503:vale-a-pena-investir-no-ensino-a-distancia&catid=61:saiunamidia&Itemid=80

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