Interessados precisam pesquisar credibilidade do curso, assim como é feito no presencial.
Fazer uma graduação (quase) sem sair de casa
já é possível. Com a consolidação da política de Educação a Distância
(EAD), muitos alunos têm a chance de obter diploma em um curso superior.
Eles assistem às aulas no conforto do lar e contam com o máximo de
flexibilização de horário.
Na Faculdade
Estácio, no Recife, o número de alunos de Educação a Distância tem
crescido exponencialmente nos últimos anos. “Principalmente na graduação
tecnológica, que oferece a formação de curta duração, de dois anos, a
busca tem sido muito alta”, explica a professora Fernanda Bittencourt,
diretora da Educação a Distancia da instituição, que credita essa busca à
necessidade de adquirir qualificação rápida. Segundo ela, o perfil de
quem que procura esta modalidade de ensino é especialmente formado por
pessoas que já têm experiência de mercado.
Não é
aquele aluno que acabou o colégio e que está fazendo vestibular pela
primeira vez. É um que já começou outros cursos que eram presenciais e
abandonou pelo próprio horário e a rotina de trabalho”.
Fernanda
explica que, na EAD, o estudante tem à sua disposição a interface na
internet, por onde recebe as aulas e pode acessar vários livros na
biblioteca virtual. “Se ele quiser vir à faculdade, também há um espaço
para recebê-lo, mas isso não é obrigatório. Mesmo as provas, que são
feitas na Estácio, ele pode marcar melhor dia e hora”, explica.
Messias
Oliveira, gestor de Recursos Humanos, viu na flexibilidade de horários
proporcionada pela EAD a chance de cursar sua primeira graduação. “Eu
não podia ficar das 6h às 10h em uma sala de aula. Com a EAD, ficou mais
fácil”, detalhou. O preço da graduação também foi um diferencial. De
acordo com Oliveira, a graduação a distância era o que mais se adequava,
à época, em suas condições financeiras. Mesmo realizado com a escolha
profissional, o gestor acredita que ainda há preconceito da sociedade
com esta modalidade. “Existe (preconceito), mas é preciso entender que
há faculdades boas, outras não. Há cursos bons, outros não. Depende do
profissional mostrar competência no mercado e desfazer essa ideia”,
sentenciou.
A professora Luz Santos optou pela
EAD em sua segunda graduação. Como já dava aulas (ela é professora
efetiva da Universidade Federal da Paraíba), tinha uma agenda muito
apertada. Luz ficou em dúvida entre a EAD e a faculdade com aulas aos
sábados. “Fiz as investigações pertinentes. Fui saber de regulamento,
corpo docente, acompanhamento do aluno e acabei optando pela EAD”,
detalhou. Para Luz Santos, a graduação está sendo uma boa experiência,
mas reconhece que o aluno que já passou por uma graduação presencial
sente bastante diferença. “É imprescindível ter dedicação. Tem que ser
organizado, afinal não tem professor todos os dias cobrando atividades. A
responsabilidade é do aluno, tem que ter muito afinco”, reforça.
De
acordo com a professora Cristina Teixeira, que faz parte da coordenação
de EAD da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a instituição já
tem vários projetos nesta modalidade, com financiamento do MEC. “Há
vários projetos que passam pela coordenação de educação à distância e há
outros que são tocados pelos grupos de pesquisa espalhados pelos vários
centros”, explica. A professora conta que a procura pelos cursos de EAD
é bem alta, por conta da necessidade de qualificação, mas aponta
deficiências. “Há uma evasão grande, o que ainda é um problema”, relata.
Cristina
Teixeira reforça, ainda, que a EAD é capaz de promover a democratização
com a possibilidade de chegar ao Interior. “Principalmente em relação a
formação de professores (na UFPE), a EAD consegue chegar a municípios
muito distantes”, relata.
FONTE: http://www.sintepe.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2503:vale-a-pena-investir-no-ensino-a-distancia&catid=61:saiunamidia&Itemid=80
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